quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jemi- The One- Capitulo 26


      Demi's pov
   Eu ouvia de longe um aparelho apitar compassadamente as batidas do meu coração. Comecei a sentir algumas pontadas de dor no meu corpo e abri os olhos em uma visão embaçada. Uma mulher vestida de branco, de pele clara e olhos esverdeados se aproximou da cama onde eu estava e falou numa voz firme que por mais que estivesse perto do meu ouvido parecia a quilômetros de distância.
   -Srta. Lovato a sra sofreu um acidente de carro há dois dias, você está no hospital agora e precisa descançar.
"Maddie?" perguntei com o pouco ar que eu tinha no pulmão e o silêncio dela fez o aparelho com meus batimentos cardíacos apitar mais rápido. Lágrimas começaram a descer meu rosto e minha respiração encurtou.
   -Sua irmã sofreu um traumatismo craniano, ela morreu na hora.
"NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!!" eu comecei a me debater descontrolada enquanto lágrimas jorravam pelo meu rosto e logo tudo se apagou novamente, provavelmente pela falta de oxigênio.
 
   *Dois dias depois*
Acordei com aquela mesma mulher entrando no quarto, não me movi com a presença dela. Meu olhar estava parado na parede, sem emoção ou brilho, eu não podia acreditar que a Maddie havia partido.
-Você precisa comer!
Permaneci imóvel criando coragem pra falar, meu peito se encheu de medo e meus olhos já queriam deixar lágrimas escorrerem.
Demi: -Joseph?... Joseph Jonas já acordou?
Ela se sentou numa cadeira ao lado da minha cama dando um sorriso torto.
Enfermeira: -Ele ainda não acordou, mas ele já saiu da UTI, ele está estável agora!
Eu concordei com a cabeça, é a primeira vez que me movo em dois dias ou falo.
Enfermeira: -Você não come nada há quatro dias Demetria!
Ela falou mexendo na bandeja com meu café da manhã intacto na mesa de cabeceira e eu apenas suspirei. Ela concordou com a cabeça compreensiva e se levantou saindo.
Enfermeira: -Meu nome é Miley, se precisar de algo ou se quiser apenas conversar, por favor, me chame!
Ela deu um pequeno sorriso e saiu da sala, eu fiquei olhando para o teto por algum tempo e lágrimas caiam por meu rosto com os pensamentos horríveis que eu tinha, mas realmente sem a Maddie e sem o Joe a minha vida não tinha sentido, eu sei que é egoísta, mas precisava do Joe logo, pra me dizer que vai ficar tudo bem. Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz fina e fraquejada pelo choro.
“Querida”. Olhei para o lado e vi a Denise, mãe do Joe, vindo em minha direção. Ela me abraçou com cuidado já que eu estava cheia de hematomas e cortes por todo o corpo.
Denise: -Vai ficar tudo bem!
Demi: -Eu sinto muito Denise! É tudo culpa minha, não era pra gente estar lá! Me desculpa! ME DESCULPA!
Eu chorava desesperada e a Denise pegou minha mão tentando me acalmar.
-Não fale isso Demi querida, o Joe te ama, ele te ama muito e ia odiar te ver assim! Por favor se acalme!
Eu enxuguei as lágrimas do meu rosto e fiquei de cabeça baixa.
Demi: -A minha irmã...
Falei lembrando do que havia acontecido com a Maddie, mas o choro me interrompeu. Minha força pra continuar falando sumiu junto com a minha voz e tia Denise acariciou minha mão.
Denise: -Eu sei, eu sei... Não precisa falar disso agora!
Eu a olhei ainda chorando muito e fiz um sinal negativo com a cabeça o que a deixou confusa.
Demi: -Eu... Eu preciso falar em voz alta!
Ela concordou com um ar preocupado. Eu respirei fundo segurando as lágrimas nos meus olhos e falei tudo de uma vez, como uma única expiração que me desgastou, usou todas as forças que eu tinha.
Demi: -Minha irmã morreu.
Nesse segundo tudo ao meu redor pareceu ficar em câmera lenta, meu coração bateu devagar e aquela frase ecoava pelo quarto “minha irmã morreu”. Eu não consegui chorar ou respirar, só conseguia ouvir essa frase na cabeça “minha irmã morreu”.
A Denise me abraçou me trazendo de volta a realidade e eu desabei a chorar e passei o resto da noite a abraçando e chorando, sofrendo a perda do meu anjo.
Na manhã seguinte me levantei da cama pela primeira vez desde o acidente, sentia dor a cada passo, mas isso não me impediu de continuar andando. Entrei no banheiro e fui até a pia lavar o rosto com cuidado para não estragar os curativos presentes nele. Levantei a cabeça me encarando no espelho e passei a mão de leve pelo meu rosto, acariciando-o. Comecei a falar encarando meu reflexo no espelho: “Levanta a cabeça Demetria! Você precisa seguir em frente... de novo! Você precisa ser forte... Eu preciso ser forte!”

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