Demi narrando
Eu falei já começando a
chorar: -O que ela tem? Ela vai ficar bem?
O Kevin tentou dar um
sorriso sem sucesso e pediu pra que eu fosse pra sala dele, eu fui e o Joe
ficou com a Maddie na sala de espera. Me sentei o olhando, o medo era evidente
no meu rosto.
Kevim: -Demi a Maddison
está com um quadro avançado de pneumonia.
Eu franzi o cenho, sabia
que era uma doença, mas não sabia muito sobre ela: -E têm cura?
Ele acenou com a cabeça:
-Tem sim, a pneumonia é uma infecção nos pulmões, mas pelo quadro da Maddison
estar bem avança preciso interna-la na UTI imediatamente, ela vai precisar
tomar injeções pelo musculo, antibióticos, fisioterapia respiratória... eu
posso falar com seus pais sobre isso?
Abaixei a cabeça
começando a chorar muito, agora sim tudo ia dar errado.
Kevin: -O que houve Demi?
Onde estão seus pais?
Eu levantei a cabeça com
o rosto em lágrimas: -Eu não sei onde está minha mãe e meu pai já morreu!
Ele fez uma expressão
confusa e eu soube dali que ia ter de contar tudo pra ele, pela saúde da
Maddie, mas se ele não quisesse nos ajudar ia botar tudo a perder... Se ele
chamasse o juizado de menores... Eu não tinha outra opção, precisava confiar
nele! Eu levantei a cabeça e sabia que meu próximo passo ia ser arriscado, mas
algo que precisava ser feito.
*MAIS TARDE*
Maddie me abraçou
chorando: -Não me deixa aqui sozinha Demi!
Eu me agachei a frente
dela tentando controlar meu choro e acariciei seu rosto que agora parecia tão
pequeno e frágil: -Maddie as enfermeiras vão cuidar de você tá bem? Eu não
posso entrar na UTI sem ser no horário de visitas...
Ela me olhou chorosa:
-Mas e se eu ficar com medo a noite? E se eu tiver pesadelos?
Eu tentei ao máximo
sorrir, mas lágrimas ocupavam meus olhos: -Pensa no papai, ele vai cuidar de
você!
Ela acenou com a cabeça e
me abraçou de novo: -Vocês vêm me ver amanhã? No horário de visitas?
Eu a dei um beijo na
testa: -Todos os dias, até podermos te levar pra casa de novo, eu prometo!
Kevin: -Demi vocês
precisam sair!
Joe abraçou Maddie a
dando um beijo na testa: -Até amanhã pequenina!
Eu a abracei de novo,
dessa vez mais forte: -Te amo maninha, amanhã nos vemos!
Eu dei um sorriso pra
ela, mas assim que dei as costas saindo da UTI desabei a chorar. E as contas do
hospital? E a escola dela? E as minhas aulas? Eu não sabia se ia dar conta de
tudo, parecia que tudo estava dando errado e as coisas só pioravam. Bom ao
menos o Kevin concordou em nos ajudar, ele ia assinar os documentos como
responsável e o Joe vai me ajudar a pagar as contas do hospital, mas eu me
sinto tão inútil agora, parece que não faço nada direito.
Nossa eu estava exausta,
depois do banho me joguei direto na cama, sem nem cabeça pra pensar em jantar.
Amanhã teria de retornar a escola, o horário de visitas é só a tarde então
teria de fazer a lição de casa durante a madrugada porque de noite também não
posso mais faltar ao trabalho e... de repente todos os meus pensamentos foram
interrompidos por batidas na porta.
Joe: -Posso entrar?
Eu sorri concordando com
a cabeça e ele entrou se sentando na cama ao meu lado.
Joe: -Vai dar tudo certo.
O sorriso sumiu de meu
rosto e eu comecei a chorar: -E se não der?
Joe: -Vai dar.
Ele me deu um beijo na
testa e me abraçou, me aconcheguei no peitoral dele e falei num tom despreocupado: -O que você queria me
contar hoje cedo?
O meu tom despreocupado
parecia agora um passado muito distante, senti o corpo todo dele se tencionar
com aquela pergunta e sua respiração ficou curta, nunca o tinha visto tão
nervoso. Eu o olhei agora seria: -Joe?
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