Joe’s pov
Não! Não! Não! Não! Não! O que foi que
eu fiz? Terminei com a minha pequena? Ela disse que me odiava... Isso não podia
ser verdade! Meu coração estava na mão e eu só conseguia imaginar minha Demi
chorando pelos corredores daquela maldita escola. Eu sai correndo da sala dos
professores, eu precisava encontra-la! Eu não conseguia pensar no meu emprego
naquele momento, só queria ver aquele sorriso perfeito da minha namorada!
Queria ter certeza que apesar de eu ter sido um babaca de que ela ainda era
minha.
Eu entrei no corredor e a vi chorando
encostada em seu armário, perto da saída. Eu fui correndo na direção dela. No
meio do caminho alguém me segurou.
Selena: -Aqui não sr. Jonas!
Joe: -Que se ferre meu emprego Selena,
olha pra ela!
Apontei pra Demi que chorava muito,
aquilo estava me machucando mais que tudo e o pior era que a culpa era minha!
Eu tentei passar por ela e ela me segurou de novo.
Selena: -Se você ainda quer uma chance
com a Demi você não pode estar na cadeia!
Eu sabia que ela tinha razão, mas
queria poder fazer algo. Eu estava sofrendo muito vendo minha pequena assim.
Selena: -Vai embora Joe, agora não é
uma boa hora!
Eu olhei pra Demi no final do corredor
e nossos olhares se cruzaram, eu não pude identificar o que aquela expressão significada,
mas pude ver em seus olhos que eu havia a machucado e não foi pouco, só espero
que esse estrago possa ser concertado de alguma forma... Eu não quero perde-la!
Eu não posso perdê-la!
*Mais Tarde*
Demi’s pov
Andava pela rua fria eu não queria ver
ninguém, a Selena concordou em cuidar da Maddie aquela tarde. Eu precisava
organizar as coisas. Eu entrei em uma lanchonete com os olhos vermelhos de
choro e fui até o balcão falando com uma senhora simpática.
Demi: -Com licença, eu procuro um
emprego...
A senhora deu um sorriso surpreso.
XXX: -Quantos anos você tem garota?
Demi: -Tenho 17 anos, preciso muito de
um emprego moça, faço qualquer coisa!
XXX: -Me chame de Marly, você deu sorte
menina. Acabo de demitir uma de nossas garçonetes, ela estava ‘passando a mão’
no caixa!
Demi: -Eu nunca faria isso senhora!
Eu sorri, Marly era mesmo simpática. Na
frase seguinte meus olhos se encheram de lágrimas. Eu estava claramente com
medo de levar um ‘não’.
Demi: -Então eu posso ficar com o
emprego?
Marly: -Qual o seu nome?
Eu respondi sorrindo, ela lembrava a
minha avó. Ela me deu o avental e falou que mais tarde acertaríamos os
detalhes. Eu fui logo ao trabalho, mas antes parei pra fazer uma ultima
pergunta.
Demi: -Sabe se arrumo um lugar pra
morar aqui por perto e barato? Pra mim e minha irmã mais nova?
Seus olhos se arregalaram em espanto.
Marly: -Você quer bancar a si e sua
irmã mais nova? Onde estão seus pais?
Essas perguntas eram rotineiras quando
eu perguntava por uma moradia, eu odiava ter que responder que meu pai havia
morrido e minha mãe era uma drogada, odiava ter que falar que eu era a
responsável e ver o olhar de pena das pessoas em minha direção, mas foi o que
aconteceu logo em seguida, como se eu estivesse tendo um dejá vu, mas na
verdade era algo que já aconteceu tantas vezes que nem posso contar nos dedos,
eu detestava aquele olhar de pena! É isso que eu gostava no Joe, ele não tinha
esse olhar de pena, ele me olhava de um jeito doce, as vezes preocupado, as vezes admirado... Junto
com esse pensamento vieram as lágrimas lembrando das palavras duras dele “é
isso que eu sou pra você? Um maldito cartão de crédito?” Aquilo partiu meu
coração em tantos pedaços que nem sei contar. Como ele podia achar isso de mim?
Ele quem me pediu pra morar lá pra depois me humilhar assim... Acabar com o
pingo de auto confiança que eu tinha.
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